Promover a educação e a tecnologia por meio do ensino, da pesquisa, da inovação e da extensão, em áreas estratégicas para o desenvolvimento sustentável do Estado do Ceará.
Ser uma instituição de referência em formação profissional e tecnológica, nacionalmente reconhecida, que coloca a educação, a ciência e a tecnologia em benefício da sociedade, com foco no desenvolvimento sustentável do Ceará.
A excelência, integridade e inclusão. Priorizamos a diversidade de ideias e experiências, buscando constantemente inovação, responsabilidade social e respeito ao meio ambiente para um futuro mais justo e sustentável.
Fundado em 09 de março de 1999, o Instituto Centro de Ensino Tecnológico (Centec) é uma sociedade civil de direito privado, sem fins lucrativos, qualificada pelo Governo do Ceará como Organização Social (OS).
A criação do Instituto Centec é fruto do incentivo do Governo do Ceará, por meio da Secretaria da Ciência, Tecnologia e Educação Superior (Secitece), que percebeu os frutos do extenso programa de educação tecnológica iniciado em 1995, com a experiência exitosa dos Centros de Ensino Tecnológicos (Centecs) e dos Centros Vocacionais Tecnológicos (CVTs).
Essas unidades foram criadas e instaladas em diferentes municípios para atuar de forma integrada em cada região do Estado, desenvolvendo atividades nos diferentes níveis do ensino profissionalizante: cursos de curta duração, cursos técnicos de nível médio e cursos superiores de Tecnologia.
Por meio de contratos de gestão com a Secitece, a instituição mantém atualmente 36 unidades operacionais em todo o Ceará, que atendem não só os municípios onde essas unidades estão instaladas, mas alcançam também distritos e cidades vizinhas por meio de parcerias com Prefeituras, secretarias municipais e entidades da sociedade civil.
O Centro de Ensino Tecnológico (Centec) foi concebido com a missão primordial de oferecer educação pós-Ensino Médio em áreas cruciais para o desenvolvimento interiorano do Estado. Inaugurado com os cursos pioneiros de Tecnologia de Alimentos, Eletromecânica e Recursos Hídricos, com especial ênfase em Saneamento Ambiental, o Centec não se limitava apenas ao ensino tecnológico. Sua atuação abrangia pesquisa, extensão tecnológica, prestação de serviços e assistência técnica, reforçando seu compromisso com o avanço integral das comunidades.
A história do Centec começou a se desenhar em 1997, com a implantação da primeira unidade em Limoeiro do Norte, seguida pela abertura de unidades em Juazeiro do Norte e Sobral em 1998. Essas localidades estratégicas representaram os primeiros passos em direção à disseminação do conhecimento técnico e tecnológico, visando capacitar e fortalecer as habilidades locais em consonância com as demandas regionais e globais.
Os Centros Vocacionais Tecnológicos foram idealizados para capacitar as pessoas para o trabalho em 40 municípios cearenses. Eles ofereciam também aulas práticas de física, química, matemática, biologia e informática aos professores e alunos do Ensino Fundamental e Médio das Redes Públicas de Ensino (estadual e municipal); assistência tecnológica; serviços de análises, testes, ensaios; e informações tecnológicas à população. Os CVTs foram criados com a orientação de atuar com ênfase na vocação regional e local.
As primeiras unidades CVTs foram implantadas em 1996 em Jucás e Limoeiro do Norte e, em seguida, vieram: Aracoiaba, Itaiçaba, Tabuleiro do Norte, Piquet Carneiro, Orós, Ipu, Quixeré, Santa Quitéria e Tauá; e assim por diante, até completar 38 unidades.
As equipes que atuavam nos CVTs participavam de treinamentos no Centro de Formação de Instrutores (CFI) onde, atualmente, funciona o CVT Fortaleza. Com sucesso alcançado dos projetos Centec e CVT e desejando expandir as ações, o Governo do Estado do Ceará incentivou, em março de 1999, a criação do Instituto Centro de Ensino Tecnológico (Centec) com o compromisso de prestar serviços na área social, através de contratos de gestão, habilitando-o à captação de recursos para atendimento direto à comunidade. Assim, o Instituto Centec passou a gerenciar as Unidades Descentralizadas de Limoeiro do Norte, Sobral e Juazeiro do Norte e os Centros Vocacionais Tecnológicos.
Por meio de questionário socioeconômico, observa-se que a maioria do público atendido pelos cursos de capacitação do Centec tem renda de apenas um salário mínimo, está fora do mercado de trabalho e é composto por jovens de 16 e 28 anos, demonstrando que as unidades do Centec ainda têm um papel significativo no desenvolvimento do Estado, por meio da qualificação de mão de obra para seus projetos estruturantes.
“Educar trabalhando e trabalhar educando”
Na década de 1990, os computadores e a internet, como os conhecemos hoje, ainda pareciam coisa de ficção científica, mas a ideia de uma educação tecnológica aliada às transformações econômicas e sociais foi o que colocou a Secretaria da Ciência, Tecnologia e Educação Superior (Secitece) junto dos projetos estruturantes levados à frente naquela época.
A educação profissional foi peça-chave dos chamados Governos das Mudanças, período que abrangeu o final dos anos 1980 e o início dos anos 2000, em que os governos de Tasso Jereissati e Ciro Gomes propuseram projetos ousados para mudar diferentes realidades que o Ceará vivia. O Plano de Desenvolvimento Sustentável Ceará Avançando nas Mudanças, por exemplo, elaborado no segundo mandato do governador Tasso Jereissati, colocava o fator educação como motor para impulsionar o desenvolvimento do Ceará e como meio para reduzir as desigualdades. É nesse contexto que surgem os CVTs e os Centecs. Antes vinculados diretamente à Secitece, as unidades passaram a integrar o Instituto Centec.
À frente da Secitece entre 1995 e 2002, o engenheiro Ariosto Holanda foi responsável por encaminhar a criação dos CVTs e dos Centecs no Ceará. Juntas, as unidades visavam ofertar educação formal e profissionalizante para a população cearense em qualquer etapa da vida – tanto para o jovem recém-egresso do ensino médio como para quem já trabalhava e desejava qualificação profissional.
Além de local de estudo para a qualificação profissional, os CVTs passaram a ser espaço de intensa troca de experiências e de convivência com a comunidade graças à sua infraestrutura de laboratórios, salas e auditórios. As unidades costumam receber turmas de estudantes de ensino fundamental, médio e superior para aulas práticas e realizar eventos próprios abertos ao público.
“Eu costumo chamar a obra Centec de Fábrica de Cérebros”, dizia o então secretário da Ciência e Tecnologia em seu discurso nas formaturas dos alunos dos Centecs. A Faculdade de Tecnologia Centec (Fatec) Cariri é oriunda do projeto Centec, considerada uma semente da interiorização do Ensino Superior no Ceará. A ideia de um ensino profissionalizante para o desenvolvimento do interior foi um dos principais pontos de partida do projeto que deu origem ao Instituto Centec.
